[NOTÍCIA] Após reforço das sanções, governo de Honduras acusa EUA

Após reforço das sanções, governo de Honduras acusa EUA de se aproximarem de Chávez

O governo interino de Honduras, presidido por Roberto Micheletti, lamentou nesta quarta-feira (3) a decisão dos Estados Unidos de suspender toda a ajuda financeira não-humanitária destinada ao país centro-americano. Para o ministro da Presidência do atual governo hondurenho, Rafael Pineda, a medida mostra que o governo Obama está se aproximando do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

"Lamentamos que um governo, um país e um povo que é nosso amigo tenham tomado a decisão de ir para o lado de Chávez e de condenar o povo que luta contra a expansão marxista na América Central e na América", acrescentou Pineda.

O ministro, que classificou as medidas como "pouco amistosas", disse que Honduras vai reagir com "um governo austero" e com o "sacrifício de algumas obras de infraestrutura, que, se não forem totalmente paralisadas, avançarão num ritmo mais lento devido à menor injeção de recursos".

As declarações são uma resposta ao anúncio feito pela chancelaria dos EUA sobre a decisão de cortar toda a ajuda financeira não-humanitária destinada a Honduras, em uma manobra para aumentar a pressão sobre o governo temporário que controla o país desde 28 de junho, quando o então presidente, Manuel Zelaya, foi expulso.

"Por essa circunstância será preciso agradecer ao ex-presidente Zelaya, que, após ser inimigo do 'império', foi lá suplicar a aplicação de medidas que farão seu povo morrer de fome", ironizou Pineda.

Nesta quarta-feira, Zelaya se reuniu com a chanceler dos EUA, Hillary Clinton, para repetir as denúncias sobre violações dos direitos humanos em Honduras. Por sua vez, Washington suspendeu ajudas financeiras, anunciou restrição de vistos e disse que não vai reconhecer um presidente eleito em uma situação de exceção.

Uol